A Serra do Socorro destaca-se na paisagem pela sua forma cónica e encostas íngremes. A sua forma deve-se à existência de um antigo vulcão neste local, há cerca de 72 milhões de anos. No seu trajeto até à superfície, a lava atravessou calcários com mais de 90 milhões de anos (Cretácico). Ao arrefecer, esta lava solidificou e formou basaltos escuros. Por serem mais resistentes que os calcários, a erosão destacou os basaltos e originou um relevo com 200m de altura. Este vulcão tem a mesma idade dos vulcões da região de Lisboa e que podem ser vistos no Cabeço de Montachique, em Alfragide ou em Monsanto. Esta serra, juntamente com a Serra da Archeira, integra a Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira. Nesta área destacam-se o Carvalho-Cerquinho (Quercus faginea) e os matagais. São várias as espécies de plantas com proteção legal, como a Arabis sadina, a Borrazeira-Branca (Salix salviifolia) e a Gilbardeira (Ruscus aculeatus). Também possui várias espécies de pequenos mamíferos, borboletas e aves. O Coelho-Bravo (Oryctolagus cuniculus), uma espécie quase ameaçada, pode aqui ser avistado. De entre as várias lendas sobre a Serra do Socorro, há uma que conta que o povo pediu a Nossa Senhora proteção para que o vulcão que ali existiu, não voltasse a entrar em erupção. Em troca, iriam ali rezar com devoção. No séc. XII, foi construída uma ermida, para acolher todos os romeiros que ali acorriam. No séc. XVI, sobre ela foi construída uma capela ao estilo manuelino. Com o terramoto de 1755 e as guerras napoleónicas o edifício ficou danificado. Em 1820 foi remodelado e modernizado com o traçado atual.
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